14.11.06

21º PONCHE VERDE DA CANÇÃO GAÚCHA


MAIS UM SONHO REALIZADO !!!!!

"ROMANCE DE NOITE E BOLICHO (OTÁVIO SEVERO E MATHEUS LEAL)

Ranchito viejo, beira estrada é pulperia
Mostrou o pingo com olhar de pirilampo
Que lua buena!!! tira o pala e faz costado...
Pois d’outro lado não há mais lugar pra santo.

Frente ao palanque desapresilho o cabresto
Proseio baixo, lastimando o companheiro
Permiso a pausa é só um liso e ganho a porta
Acerto a volta e um “até logo” pra o pulpero

Adentro quieto pensando comigo mesmo
Destino maula, aqui sobrou pra cavalo
Enquanto um vai bolicheando noite afora
Sem querer o outro segue a esperá-lo

Me sirva aquela “branca pura” bolicheiro
Que a madrugada não me agarre dos garrão
Final de esquila, folga mansa de domingo
Queria o pingo me tirar desse balcão

Lembrei da linda que romanceia os meus sonhos
E da tropilha redomona pra entregar
São mil imagens que habitam o fundo do copo
Velha magia que a canha pode ofertar

Relincha o pingo me convidando pra estrada
Na noite clara, sereno e o pala abanando
Rimando o canto genuíno das esporas
Me vou embora com a lua de contrabando

3.11.06

23ª Ronda de São Pedro de São Borja















"Botando o laço"
Letra: Marciano Reis
Música: Juliano Moreno
interpretação: Juliano Moreno e Joca Martins


sopro de cordas ao vento
pé no estribo e tô a cavalo
é boi derrubado a pealo
extremecendo a mangueira
minha alma que é caborteira
e acordou de tirador
com o santo pago na estampa
e a banca de laçador!!!

2.11.06

CD AOS OLHOS DA PAMPA - JULIANO MORENO

1º CAMPO EM CANTO - ITAQUI-RS

Verso de campo (Gujo Teixeira/Juliano Moreno)

Eu entendo a voz do campo
Quando ela chora suas mágoas
Murmurando em olhos d’agua
Contando sonhos terrenos
De quem sabe que é pequeno
E teme um tempo de estio
Mas sabe que vira rio
Aonde a sanga deságua

O campo guarda memórias
-de fronte do mangueirão-
Quando a força e a tirão
Um gateado num arranque
Se trompou contra o palanque
Roçando a cara no pasto
E por onde deixou rastro
Primaveriou no rincão

E o campo verdeja lindo
Na várzea que se entoa
Com olhos de terra boa
Miradores por saber
Que é tempo de renascer
Do céu mostrar seus segredos
Pra o poncho ganhar o varzedo
Contraponteando a garoa

E o campo bebe o amargo
Do lombo cru dos gateados
Depois dos xergões suados
Um sol grande pra quarar,
Por certo vão rebolcar
No chão da velha querência
Que a tempo perdeu a essência
Num arrastar de arado

Daí então por ser campo
Ter capões e pajonais
Ter firmeza nos juncais
Onde limitam banhados.
É ter pra boca do gado
Um vicejar de sustento
E saber brotar de dentro
Por entre tunas, trevais.


Esta foto foi no encerramento do 1 Campo em canto de Itaqui, entoamos o hino Rio-Grandense!!!
na foto: Pedro Jr., Leonardo Paim, Juliano Moreno(eu), Flávio Hansem e João Quintana Vieira.

QUE MOMENTO!

Participamos com a música "Verso de Campo" (Gujo Teixeira e Juliano Moreno)

comentem!!!!